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Qual a melhor opção em IaaS na nuvem? Amazon Web Services ou Google Cloud Platform? Eis a questão!



A cada dia o movimento inevitável da migração On-premise para a Nuvem pública tem ganhado força e novas plataformas vem tomando o lugar no mercado da gigante AWS (Amazon Web Services).

Em meio a essa “Onda de Nuvem” surge outra gigante e de grande potencial, conhecida pela maioria da população mundial, denominada Google, com a plataforma de Nuvem GCP (Google Cloud Platform). Ao mesmo tempo que ter duas gigantes no mercado deixa tudo mais interessante, Nos, clientes de Nuvem ficamos indagados pela decisão da melhor opção.


Não venho, hoje aqui, discutir quem é a melhor ou mais confiável nuvem do mercado cloud, afinal, ambas são extremamente competentes e compromissadas. É incontestável a responsabilidade de ambas com o desenvolvimento dos seus serviços de nuvem. O que eu quero é comparar alguns aspectos e diferenças entre essas duas maravilhas do futuro.

Já se tornou padrão no mercado de nuvem as plataformas começarem com o IaaS, (Infraestrutura como serviço), que são ferramentas de lançamento e de gerenciamento de redes e servidores na nuvem, geralmente acompanhados de APIs, SDKs, e um console web intuitivo. IaaS é espinha dorsal dos serviços de nuvem e é o marco da migração, muitas empresas começam a migrar primeiro o seu armazenamento, mas, só se consideram na nuvem quando sua infraestrutura é migrada. Na Amazon tem EC2, ECS, VPC, ELB entre outros serviços e na Google temos Compute Engine, Kubernetes Engine, VPC, e CLB. Opções equivalentes e certamente iguais em competência, porém não são perfeitamente iguais em todos os aspectos.


Para analisar essas diferenças e ajudar a você a escolher qual plataforma se encaixa melhor às suas necessidades vamos levar em conta os seguintes aspectos: Forma de cobrança, flexibilidade e aplicabilidade/usabilidade.

Faturamento


Na AWS, o faturamento On-Demand de instâncias, por padrão é por hora, onde você paga pela hora de forma antecipada. A AWS fornece uma política de desconto baseado na reserva de um ou três, os descontos são bem altos, já no GCP, o faturamento é por segundo e não há a modalidade de reserva de instâncias, o desconto é dado pelo tempo de uso contínuo, de modo que toda vez que a instância é ligada o valor cobrado por minuto é cheio e com o tempo esse valor vai diminuindo, há também a opção do faturamento em Real, na AWS o faturamento é em Dólar, o que é um problema para muitos. Em uma infraestrutura muito elástica os descontos do GCP são ínfimos mas mara infraestruturas de uso massivo e prolongado considere usar GCP. Ambas possuem a oferta de instâncias promíscuas, o GCP chama de Preemptible VM's e a AWS de Spot Instances, ambas com um preço bem inferior ao on-demand porém as instâncias Preemptible sempre são encerradas após 24 horas, já as instâncias Spot só desligam quando você ordena ou pela própria característica de promiscuidade, existente nas duas, onde uma instância é desligada por necessidade de capacidade ou superação do preço de mercado em relação ao preço indicado pelo cliente. Em ambos, o inconveniente do desligamento repentino de instância pode ser contornado com a ferramenta Sportinst, que desculpe a minha opinião pessoal, mas faz mágica, alavancando uma economia de até 80% além de manter 100% de disponibilidade. Uma diferença sensível assim que começamos a usar as duas plataformas é o controle de custo, na AWS você tem a opção de criar usuários e grupos com restrição mas tudo o que for usado é cobrado na sua conta “root” ou pela criação de consolidated billing onde você agrupa contas e da a elas permissões de uso e limites de cobrança, já no GCP esse processo é mais natural, todo recurso é alocado dentro de um projeto e cada projeto pode ser configurado com um limite de gastos, cada usuário ou grupo de usuários tem permissão para acessar determinados projetos e determinados recursos e cada projeto tem permissão pra acessar determinados recursos, dando um controle total e bem mais fácil de ser configurado.



Flexibilidade

Na AWS os tipos de instâncias definem a quantidade de vCPU e memória, são tantas possibilidades que atendem muito bem as necessidades do mercado e evita problemas de compatibilidade, mas se compatibilidade não é uma preocupação e você tem certeza das configurações necessárias o GCP permite a customização, isso mesmo, no GCP você escolhe a quantidade de vCPU e memória, o que pode evitar desperdícios de capacidade computacional gerando economia visível. Não dá pra defender a AWS neste quesito, não estou dizendo que AWS é ruim, mas GCP é bem mais flexível, na AWS você pode redimensionar as capacidades porém não se pode mudar o tipo de instância, ou seja, se você escolheu por uma m4.large, você poderá trocar por uma m4.4xlarge, por exemplo, já no GCP você pode redimensionar escolhendo um valores customizáveis de vCPU e memória. O console do GCP oferece algumas configurações recomendadas o que facilita aos desenvolvedores com baixo nível de conhecimento de dimensionamento de máquina, já na AWS seu console apesar de possuir mais opções de configuração, seu console de lançamento passo a passo, reduz drasticamente as chances de falha humana nas configurações de segurança e acesso.



Usabilidade


Neste quesito as diferenças são bem visíveis, e são tantas que provavelmente não postarei nem metade delas aqui. A primeira vista o console da AWS parece bem mais voltado para o operador de sistemas, com uma documentação superior aos concorrentes, começar a usar nuvem com a AWS é extremamente convidativo, há um console praticamente tudo, sempre com botões de ajuda e links para a documentação, sanar uma dúvida geralmente é rápido.


Porém o GCP, para aqueles “classic hands” traz um diferencial simplesmente genial, enquanto na AWS para acessar a CLI de uma instância é necessário um SSH ou RDP da sua máquina para o IP da sua instância usando a sua chave privada, o GCP providencia uma aplicação de CLI direto no navegador, com um único clique, agilidade e facilidade incomparável no mercado de nuvem.

Ambas as plataformas oferecem serviços de Big Data, modelos de Machine Learning, reconhecimento de imagens e etc, na minha opinião GCP parece mais fácil de usar, enquanto AWS é mais completo, vantagem de ter entrado primeiro no mercado. Já GCP ganha vantagem quanto a compatibilidade com outras plataformas. A Google fez uma ação louvável de revolver a comunidade desenvolvedora seus códigos e ferramentas, ou seja, GCP faz parte da comunidade open source e o movimento imediato do mercado foi fornecer serviços que integram essas tecnologias, como exemplo, o ECS para Kubernetes da AWS. Esta manobra tem ajudado a Google na tomada de mercado, afinal, se seus clientes não se adaptarem ao GCP podem migrar facilmente para outra plataforma, e essa liberdade é bastante convidativa. Ao comparar-se as VPCs entre AWS e GCP, uma vantagem do VPC-GCP é a dispensa de configuração de Peering Connection entre VPCs, no mesmo projeto, as rotas são criadas automaticamente, entre todas as regiões. A vantagem da AWS é exatamente o contrário, na AWS as VPCs padrões também possuem rotas já configuradas e há a possibilidade de em uma VCP customizada ter apenas as rotas configuradas pelo cliente, aumentando assim a segurança. Do balanceamento de carga GCP não há muito o que comentar, ele é simples, e com bem menos recursos que o AWS, que além de ter mais opções de formas balanceamento ainda permite escolher balancear a carga entre as zonas de disponibilidade ou entre todos os nós pertencentes a todas as zonas de disponibilidade registrados, mais uma vantagem de quem entrou primeiro no mercado e teve mais tempo para desenvolver as suas ofertas. Uma curiosidade do GCP é que ele possui uma documentação específica comparando GCP e AWS, em seus nomes e serviços que ajudam ao usuário AWS a conhecer e entender melhor o GCP.


Espero ter ajudado a você leitor a avaliar suas opções e na decisão de qual plataforma de nuvem. Conte comigo e com a RealCloud para auxiliá-lo no seu processo de migração e construção de uma nuvem eficiente. Até a próxima e obrigado.

Boa leitura.


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